19 dezembro, 2011

Nostalgia

    Talvez eu tenha me perdido e tenha medo de me encontrar. Ou talvez eu bem saiba quem sou, mas por ora precise esconder. E conto a ti, pois tenho medo. E é medo de ter medo, não sei fazer parar.
E dos sentidos sinto uma saudade que dói no peito e que me amarga o céu da boca. E é de céu estrelado que não me canso de admirar. A lua que brilha e me convida sempre para bailar... Ah! Se vou ao encontro dela, não quero mais pra cá voltar. E se fico aqui inerte, é por não saber como chego até lá. Talvez seja ela a culpada por eu ser uma laranjeira verde, e não mais e apenas o sereno dessa madrugada em que habito, e que todo dia volta, e que se repete, que se repete, repete e aos medos dos medos me remete.

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