30 janeiro, 2012

Impetuosa

     Então deu-se por vencida e entregou-se ao extremo não produzir, na tentativa chocante de inexistir. Cansou-se de questionar a si mesma sobre tudo e todos. Ser ou não ser, e esgotou-se. Deu-se por vencida outra vez, quebrou o espelho. Surtou. Deitou-se em qualquer lugar, que insignificância! Assim quis estar. Esteve.
     Amar, que ato impetuoso. E ela o havia feito de forma tão sincera que havia os sentidos agora distantes. Entregou-se tanto que não sobrou muito pra si. Quando viu, havia sido vencida por ela mesma. Por susto, (quem sabe?), quebrou o espelho. Cansou-se, suspirou, não quis entender. 
     Que ousadia seria tentar fazê-lo...

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