24 julho, 2012


Existe tanta poesia e sentidos em mim, que torno-me incapaz de descrever algo. Minha boca balbucia qualquer som que não expressa compreensão, meus olhos imploram por entendimento, mas minha mente me conforta: ninguém entenderá, ninguém explicará nada.
Para onde direcionar teus passos que de atrevidos levantam-te da cama, quando ainda queres permanecer lá? O que fazer quando começa dentro de ti uma canção que empurra-te para fora de si, fazendo uma dança ritmada com os batimentos do teu coração?

O que se vê são passos
Direcionados ao acaso
Dança sem canção notória ao outro
Pessoa sozinha em um salão de cores imensas
De cores imensas é este salão...
Cores imensas tem teus olhos!



"(...)Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone e vendo doer a fome nos meninos que têm fome... Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela, quem é ela? Quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado! Remoto controle... Eu ando pelo mundo e os automóveis correm para quê? As crianças correm para onde? Transito entre dois lados, de um lado. Eu gosto de opostos, exponho o meu modo, me mostro. Eu canto para quem?"
- Esquadros, Belchior

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