28 julho, 2012

Quiçá, larilá.

Madrugada sem sono, seres lunáticos buscam caminho de volta à sua terra original. Minha nave partiu, esqueceu de mim. Marte é clichê, lua já foi, resta-me Plutão... Distante, desconsiderado, inabitável.
Algumas coisas poderiam me convencer a ficar, mas são três da madrugada, que me resta além de mim? Nada me puxa ao solo, gravidade deixou de limitar-me quando senti o pulsar daquele coração. Olhei para o seu, estrela brilhante. Alma gêmea. Chamou-me e conduziu-me.
Via Láctea, realmente familiar. Sabor de leite materno, mãe que procura por seu bebê. Eu que procuro minha casa, meu lar. Passeio por galáxias. Sigo a estrela.
Não conheço o destino, mas muito me apraz andar por este caminho.

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